z-logo
open-access-imgOpen Access
A psicanálise é cisnormativa? Palavra política, ética da fala e a questão do patológico
Author(s) -
Pedro Ambra
Publication year - 2016
Publication title -
periódicus
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2358-0844
DOI - 10.9771/peri.v1i5.17179
Subject(s) - philosophy , humanities
O artigo tem por objetivo discutir o estatuto dado pela psicanálise a experiências de gênero não inteligíveis, demonstrando que, ao considerar o inconsciente, a relação entre sexo e gênero mostra-se necessariamente refratária a qualquer tipo de normatividade. A partir da reconstrução da história política do termo heterossexual, apresentaremos uma analogia ao tipo de mecanismo crítico em jogo na utilização do termo cisgênero. Após uma discussão sobre o lugar da retórica da subversão dentro da comunidade psicanalítica, sublinharemos como a clínica promove a passagem a uma ética da fala, na qual os apegos identitários normativos são postos em questão. Ao prescindir da oposição corrente entre o normal e o patológico, a psicanálise questiona a dicotomia entre trans e cis a partir da ideia de que a inadequação a um corpo sexuado é constitutiva de todos os seres falantes.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here