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“Podem duas mulheres falar sobre masculinidades?”: entre saberes localizados e a reflexão sobre múltiplas masculinidades // “Can two women talk about masculinities?”: Between situated knowledge and reflection on multiple masculinities
Author(s) -
Isabela Venturoza de Oliveira,
Fernanda Kalianny Martins Sousa
Publication year - 2021
Publication title -
periódicus
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2358-0844
DOI - 10.9771/peri.v1i13.35695
Subject(s) - humanities , situated , art , philosophy , sociology , computer science , artificial intelligence
Este artigo se propõe, a partir de um ponto de vista feminista crítico negro e interseccional, tecer algumas considerações sobre o impacto, desconfianças e questionamentos que surgiram quando duas mulheres se propuseram a ministrar um curso de férias intitulado "Introdução aos estudos de masculinidades". A partir da descrição da turma, dos nossos objetivos enquanto docente, da nossa localização enquanto pesquisadoras e sujeitos, iremos abordar as noções que os e as estudantes tinham quando se matricularam no curso ou quando faziam suas falas no espaço das aulas. Para tanto, começaremos nos localizando enquanto sujeitos e pesquisadoras, bem como o trabalhos que temos desenvolvido nos últimos cinco anos; posteriormente, traremos uma descrição de quem eram os e as estudantes e o que havia levado cada um deles e delas até ali; traçaremos, em seguida, uma breve retomada histórica dos estudos de masculinidades, explicando quais foram os caminhos que decidimos percorrer e como fizemos nossas escolhas de autores e autoras para compor o curso; após analisar exercício de escrita feito pelos estudantes no último dia de aula, nós teceremos algumas considerações que buscarão conectar os diferentes pontos abordados no decorrer do artigo. Como considerações importantes a serem feitas é crucial apontarmos o autoflagelo e a dificuldade que as e os educandos tinham quando precisavam falar de situações que entendiam não fazer parte de seus "lugares de fala". Buscando não ignorar, mas tentando não esvaziar significativos debates contemporâneos sobre lugar de fala, representatividade e protagonismo, construíremos no artigo a necessidade de saída do autoflagelo, do congelamento dos debates e a importância de nos pautarmos por debates feitos dialogicamente e a partir de locais múltiplos.

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