
MEMÓRIA(S) EM LA DISTANCIA QUE NOS SEPARA
Author(s) -
Adriana Binati Martinez
Publication year - 2021
Publication title -
estudos linguísticos e literários
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-4794
pISSN - 0102-5465
DOI - 10.9771/ell.i70.44128
Subject(s) - humanities , art , philosophy
O presente artigo apresenta uma leitura da construção da(s) memória(s) no romance La distancia que nos separa (2015), de Renato Cisneros. O jornalista e autor peruano alicerça a narrativa em liames tênues e porosos entre biografia, ficção e história abertos a múltiplos signos de compreensão. Nesta proposta analítica lemos a obra como autoficção onde o narrador desenterra a figura paterna Luis Federico Cisneros Vizquerra – mais conhecido como El Gaucho Cisneros, general da División del Ejército Militar del Perú – para contestar a uma obsessão: a busca da identidade. Regressar ao passado apresenta-se como uma forma de ler o presente e a si próprio. Apoiados em AÍNSA (2012), RICOUER (2010), SARLO (2007), interpretamos que o entendimento da memória é engendrada na ideia de uma construção permanente impugnando qualquer versão acabada dessas vivências, identidades e escrita narrada.