
Avaliação dos micronúcleos de células inflamatórias em pacientes com esporotricose e cromomicose
Author(s) -
Reginaldo Gonçalves de Lima Neto,
Jorge Luiz Silva Araújo-Filho,
Mário Ribeiro de Melo-Júnior
Publication year - 2008
Publication title -
revista de ciências médicas e biológicas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2236-5222
pISSN - 1677-5090
DOI - 10.9771/cmbio.v7i2.4450
Subject(s) - physics , microbiology and biotechnology , humanities , art , biology
Atualmente, micoses subcutâneas, como a esporotricose (ST) e cromomicose (CM), possuem grande incidência na América Latina. Seus sinais clínicos ocorrem inicialmente com a formação de nódulos gomosos na ST e lesões eritematosas e verrucosas na CM, ambas evoluindo para lesões granulomatosas, geralmente combinadas com pseudocarcinomas, formadas principalmente pelo sistema fagocítico-mononuclear, plasmócitos e células gigantes tipo Langerhans. Como conseqüência dessa resposta imune, as células inflamatórias intensificam seu metabolismo e aumenta a síntese protéica, o que conduz a formação de micronúcleos. Os micronúcleos são porções da cromatina oriundas de mitoses aberrantes. Este estudo tem como objetivo quantificar o número médio de micronúcleos por célula inflamatória nas lesões cutâneas de ST e CM. Foram selecionadas biópsias de tecido epidérmico de pacientes portadores de ST (n=10) ou CM (n=10). Realizou-se citoquímica pela coloração com a reação de Feulgen e a contracoloração com Fast Green. Os resultados obtidos indicam que a freqüência dos micronúcleos é significativamente mais alta nas lesões características de ST, quando comparada à dos casos de CM (p < 0,05). Os resultados preliminares sugerem diferentes mecanismos citogenéticos de resposta das células inflamatórias, embora os perfis histopatológicos das lesões sejam semelhantes.