
Correlação dos desvios posturais com dores músculo-esqueléticas
Author(s) -
Fernanda Rezende Campos Falcão,
Ana Paula S. Marinho,
Kátia Nunes Sá
Publication year - 2007
Publication title -
revista de ciências médicas e biológicas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2236-5222
pISSN - 1677-5090
DOI - 10.9771/cmbio.v6i1.4150
Subject(s) - medicine , orthodontics , humanities , philosophy
O desgaste sofrido pelo corpo, devido às atividades da vida diária, pode ser agravado por posturas inadequadas, pois desvios na postura anatômica tensionam tecidos moles e sobrecarregam estruturas esqueléticas. A má postura pode resultar em dor e vice-versa. O objetivo deste trabalho foi, mediante corte transversal, correlacionar dores músculo-esqueléticas e alterações posturais em amostra composta por funcionários e acadêmicos de uma faculdade de Fisioterapia em Salvador-BA, de ambos sexos, entre 20 e 50 anos e com dor músculo-esquelética. Os participantes preencheram um questionário e foram fotografados com a câmara digital para a tomada das imagens nas vistas lateral esquerda, posterior e anterior. Para a análise dos resultados, utilizaram-se os testes estatísticos Pearson chi-square e Likelihood ratio chi-square, para verificação da associação entre as dores mais prevalentes e as alterações posturais dos locais próximos às dores analisadas. A amostra foi composta de 54 pessoas, sendo que 58% nunca realizaram tratamento para dor, 83,3% apresentou cabeça anteriorizada, 68,5% hiperlordose e 66,6% anteversão pélvica. Os locais mais prevalentes de dor foram coluna lombar (39,7%), cervical (12,2%) e torácica (12,2%). No grupo com dor lombar (p=0,98), observou-se semelhança nos desvios posturais considerados; no grupo com dor torácica (p=0,92), encontraram-se mais pessoas com desvios posturais nas regiões lombar e torácica; e no grupo com dor cervical (p=0,69), a maioria de pessoas possuía desvios na região torácica e na inclinação da cabeça. O estudo demonstrou não existir associação de alterações posturais com dor músculo-esquelética na população estudada.