
Influência do diabetes mellitus na qualidade de vida de indivíduos com migrânea vestibular
Author(s) -
Júlia Canto e Sousa,
Ana Caline Nóbrega da Costa,
Maria da Glória Canto de Sousa
Publication year - 2020
Publication title -
revista de ciências médicas e biológicas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2236-5222
pISSN - 1677-5090
DOI - 10.9771/cmbio.v19i4.42704
Subject(s) - medicine , humanities , philosophy
Introdução : qualidade de vida refere-se à percepção de um indivíduo sobre o seu estado físico, emocional e social. No âmbito físico, pode ser impactada negativamente por condições como migrânea vestibular e diabetes mellitus (DM). Objetivo : descrever a qualidade de vida em pacientes com migrânea vestibular, com e sem DM. Metodologia : trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo e secundário, realizado com pacientes com migrânea vestibular, atendidos em uma clínica-escola de Salvador-BA. Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos, incluindo o autorrelato de DM. A qualidade de vida foi avaliada por meio do Dizziness Handicap Inventory (DHI), cuja pontuação foi classificada, quanto ao grau de incapacidade, em “leve” (0 a 30 pontos); “moderado” (31 a 60 pontos) e “severo” (61 a 100 pontos). Foram realizados procedimentos estatísticos descritivos por frequência simples e absoluta, medidas de tendência central e dispersão. Resultados : a amostra foi composta por 41 indivíduos, dotados das seguintes características: a idade média foi 42,46 anos (DP = 13,83), predominância do sexo feminino (87,80%), com diabetes (51,21%), com ansiedade (58,54%) e sem depressão (90,24%). A pontuação média do DHI foi de 47,26 pontos (DP = 21,81), classificada como impacto moderado, sendo maior entre os não diabéticos, porém a ansiedade predominou entre os não diabéticos (60%). Conclusões : pacientes com migrânea vestibular apresentaram prejuízo de grau moderado na qualidade de vida, e a presença de diabetes não ocasionou um pior impacto nesse parâmetro. Além disso, a presença de ansiedade foi mais prevalente entre os não diabéticos e pode ter refletido na pior pontuação no DHI observada nesse grupo