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Associação entre esclerose múltipla e alelos hla-drb1* em uma população miscigenada de Salvador, Ba, Brasil
Author(s) -
Thaiana de Oliveira Sacramento,
Roberto José Meyer Nascimento,
Denise Carneiro Lemaire,
Teresita Fernadez Bendicho
Publication year - 2018
Publication title -
revista de ciências médicas e biológicas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2236-5222
pISSN - 1677-5090
DOI - 10.9771/cmbio.v17i1.22695
Subject(s) - humanities , biology , philosophy
Introdução : a esclerose múltipla é uma doença que afeta preferencialmente o sistema nervoso central de mulheres jovens, causando-lhes graus variáveis de incapacidades física e cognitiva. Etiologicamente associa fatores ambientais, biológicos, sócio-econômicos e genéticos, como por exemplo genes do MHC classe II, especialmente os alelos HLA-DRB1* . Objetivo: determinar a frequência dos alelos HLA DRB1* em portadores de esclerose múltipla atendidos no centro de referência do C.H.U.P.E.S, UFBA, no período de outubro de 2014 a abril de 2015 e associá-las a variáveis clínico-demográficas. Metodologia: estudo do tipo caso-controle, aprovado pelo comitê de ética da Faculdade de medicina da Universidade Federal da Bahia (CAAE: 3517134.0.0000.5577), que envolveu uma amostra de conveniência composta por 97 indivíduos, cujos dados clínico-demográficos foram coletados através de questionário desenvolvido para a pesquisa. A genotipagem dos alelos HLA-DRB1* foi realizada através da técnica “HLA-DR SSO GenotypingTest”. Resultados: a análise quantitativa revelou perfil genotípico do tipo HLA-DRB1*15 (20,5%), em mulheres (83,0%), das raças/etnias negra ou parda (75,0%), com faixa etária entre 30 e 39 anos (28,0%). Houve predomínio da forma clínica surtoremissiva da doença (76,0%), dentre os doentes com idade mais avançada (55,0%), sem permanência de sequela clínica (70,0%) e que usavam algum tipo de Interferon (58,0%). A análise qualitativa indicou maiores frequências, na forma progressiva de esclerose múltipla dos grupos alélicos HLA-DRB1*12 (22,0%), e dos alelos HLA-DRB1*13 (12,6%)e HLA-DRB1*15 (22,0%) naqueles indivíduos com a forma surtoremissiva . Negros e pardos demonstraram maior prevalência do alelo HLA-DRB1*15 (24,0%), enquanto que nos brancos houve maior prevalência do alelo HLA-DRB1*07 (20,0%). Conclusão: forte associação entre as frequências alélicas, esclerose múltipla e as variáveis raça/etnia e forma clínica da doença.

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