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Dados demográficos numa coorte de pacientes com terapia tripla num centro de referência de Salvador
Author(s) -
Manuela B. de J. Lordão,
Paula Coutinho,
Fernanda Anjos,
María Isabel Schii
Publication year - 2016
Publication title -
revista de ciências médicas e biológicas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2236-5222
pISSN - 1677-5090
DOI - 10.9771/cmbio.v14i3.14983
Subject(s) - medicine
Introdução : o vírus da hepatite C (VHC) é um vírus de RNA pertencente à família Flaviviridae - gênero Hepacivirus , com alta taxa de replicação hepática, de cadeia simples que apresenta variabilidade genética. Caracterizam-se por seus genótipos (1-6), sendo o genótipo 1 o mais prevalente no Brasil, seguido pelo genótipo 3 e depois o 2. O vírus afeta o fígado podendo ocasionar uma hepatite crônica, cirrose hepática e hepatocarcinoma, assim como manifestações extra-hepáticas do vírus, tipo mialgia, diabetes e comprometimento da qualidade de vida. Objetivos : traçar um perfil demográfico, clínico virológico e biológico dos pacientes de um ambulatório de referência para Hepatites Virais que iniciaram terapia tripla para Hepatite Crônica C. Mé todo : estudo retrospectivo, descritivo de análise de um banco de dados com pacientes portadores de Hepatite C crônica de um Centro de Referência de Salvador. Resultados: a população estudada foi composta predominantemente pelo sexo masculino (51%), sendo que a maioria dos sujeitos se autodenominaram de etnia parda (44,7%). A média de idade dos sujeitos foi de 56 anos. Dentre as comorbidades apresentadas pelos indivíduos do estudo a hipertensão arterial sistêmica (34,5%) e diabetes tipo 2 (18,4%) foram expressivas. Quanto às características do vírus, a carga viral através do RNA-quantitativo apresentou a média de 2.807.331 cópias/mL. Os genótipos detectados foram os 1 e 3, sendo o mais habitual o genótipo 1 (91,3%). O estágio da doença que é avaliado a partir do grau de lesão hepática através, demonstrou que a maioria era 21,4% A1F3, 15,5% A2F3 e 12,6% A1F2. Em relação ao estágio de fibrose diagnosticado através da biópsia hepática, a frequência maior foi de portadores de fibrose grave (F3 e F4) (87%). Conclusão: a infecção pelo vírus VHC é uma doença com um elevado impacto na vida do paciente, principalmente quando esta vem associada a uma coinfecção ou com outras comorbidades como neste estudo, podendo agravar a descompensacão hepática nos pacientes com cirrose. Por conta disto, é cada vez mais importante o diagnóstico precoce e um tratamento antiviral eficaz que proporcione benefícios aos pacientes.  

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