CAVIDADE BUCAL: UMA ROTA DISSEMINADORA EM POTENCIAL PARA O COVID-19?

A doença Covid-19, causada por uma síndrome respiratória aguda grave, através do vírus SARS-CoV-2, surgiu em 2019 e rapidamente se espalhou pelo mundo inteiro, tornando-se uma pandemia. Os principais sintomas são: febre, dispneia, tosse seca e tem crescido os relatos de manifestações orais, como perda de paladar e presença de lesões. Com a infecção pelo vírus, o organismo se defende através das respostas imunes, secretando citocinas pró-inflamatórias, as quais se exacerbam e aumentam de número, gerando a tempestade de citocinas. Foi verificada a possível relação de a cavidade oral ser considerada uma via disseminadora do COVID-19 e sua relação com as manifestações orais. Uma busca bibliográfica foi realizada nas bases de dados PubMed e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), utilizando-se os descritores: “Covid-19”, “Sars-CoV-2”, “ACE2”, “cavidade oral” e “manifestações”. As ACE2 foram encontradas em células epiteliais da cavidade oral, tecidos gengivais, o que sugere que a cavidade oral pode ser uma via potencial de disseminação do vírus, e sua maior expressão foi percebida na língua, podendo representar um fator para alterações gustativas. As lesões orais foram percebidas no início da doença e progrediram com a evolução da infecção. Dessa maneira, os cirurgiões dentistas podem contribuir na detecção das manifestações orais do COVID-19, as quais são indicativos em potencial da infecção por coronavírus. Descritores: Covid-19. Cavidade oral. Manifestações.