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A ADOLESCÊNCIA COMO UM CONSTRUCTO SOCIAL
Author(s) -
María Amélia de Campos Oliveira,
Emiko Yoshikawa Egry
Publication year - 1997
Publication title -
journal of human growth and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.218
H-Index - 11
eISSN - 2175-3598
pISSN - 0104-1282
DOI - 10.7322/jhgd.38391
Subject(s) - humanities , plural , philosophy , psychology , sociology , linguistics
Na atualidade, questões ligadas à saúde dos adolescentes têm sido predominantemente interpretadas segundo o paradigma biomédico, que toma a adolescência um fenómeno natural, universal. Tal visão unívoca e a-histórica enfatiza o caráter teleológico do desenvolvimento hu nano, em que a adolescência não é mais que uma etapa de transição em direção à idade adulta, daí que privilegie o critério cronológico como seu principal demarcador. Advoga- se a sua compreensão como um constructo social, produto da Revolução Indushial, que adquire visibilidade ao final do século XIX, na esteira do movimento de proteção à maternidade e à infancia iniciados no século anterior. Admitir o caráter histórico-social do objeto adolescência implica pensá-la como um conceito necessariamente plural e em permanente evolução,atravessado por categorias como classe social, religião, raça e género, de tal forma que o adolescente genérico não seria mais que uma metáfora, um instrumento de inteligibilidade. Odeslocamento da ênfase do substrato biológico para os múltiplos processos de sua construção, histórica, cultural e socialmente determinados, operaria a necessária subordinação da dimensão natural à dimensão histórica.

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