
Perfil dos egressos da Faculdade de Medicina do ABC: o que eles pensam sobre atenção primária em saúde?
Author(s) -
Marcelo Eduardo Pfeiffer Castellanos,
Adozinda de Fátima Marques Henriques da Silveira,
Lourdes Conceição Martins,
Vânia Barbosa do Nascimento,
Cledson Silveira da Silva,
Fernando Henrique Britto Bortollotte,
Juliana Bueno Garcia,
Pablo Elías,
Marco Akerman
Publication year - 2009
Publication title -
arquivos brasileiros de ciências da saúde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2358-0747
pISSN - 1983-2451
DOI - 10.7322/abcs.v34i2.130
Subject(s) - humanities , philosophy , medicine , physics
A Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) graduou até 2004, aproximadamente, 3.100 médicos. Este artigo objetiva apresentar o perfil sociodemográfico, a formação de pós-graduação, a inserção profissional e o perfil de renda desses egressos. Busca, também, identificar a avaliação do egresso quanto à qualidade do ensino recebido na FMABC e sua percepção a respeito da atenção primária em saúde (APS). Realizou-se um estudo transversal, através de um questionário fechado, autoaplicado, enviado em 2006, por correio, para uma amostra aleatória de 800 egressos. As variáveis são apresentadas através de medidas de frequências. Obtivemos 152 questionários respondidos, sendo 88 por homens e 64 por mulheres. Quase 89% dos egressos é paulista e 70,4% estão casados. Os respondentes (85,5%) consideraram o curso de Medicina excelente ou bom. A quase totalidade (96,7%) fez residência médica. Quase todos (90%) realizam sua atividade principal de trabalho no setor assistencial. Mais da metade (52%) ganha entre R$ 4.000,00 e R$ 10.00,00. A maioria (80,3%) caracteriza APS “como a principal porta de entrada do sistema de saúde”, se filiando a uma concepção organizacional de APS tomada como parte de um sistema piramidal de atenção. Apesar de 82,9% considerarem que a APS teve média/grande importância em sua vida profissional, poucos (2,6%) a definem como espaço de operacionalização de um trabalho complexo no trato dos problemas de saúde. Esses dados mostram que o debate sobre a formação médica e sobre o papel da APS no sistema de saúde deve ser ampliado, de modo a superar visões dicotômicas sobre a realidade.