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Qualia e Umwelt
Author(s) -
Arthur Araújo
Publication year - 2010
Publication title -
revista de filosofia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1980-5934
pISSN - 0104-4443
DOI - 10.7213/rfa.v22i30.2215
Subject(s) - philosophy , qualia , humanities , epistemology , consciousness
No seu famoso artigo “What is it like to be a bat?” (1974), ThomasNagel sustenta que existe um ‘ponto de vista’ característico e inescrutável,não acessível objetivamente na experiência, que determinao sentido da própria experiência como evento mental. Entre recentesteorias filosóficas da mente, eventualmente, a esse elemento subjetivocorrespondem os chamados qualia, i.e., propriedades intrínsecas, qualitativasou fenomenais da experiência. Na concepção de Nagel, o ‘pontode vista’ estabelece os contornos de distinção entre os aspectos objetivose subjetivos referentes à experiência. Em certo sentido, essa distinçãoparece próxima ao que o biólogo Jakob von Uexküll ([1934] 1982)entende ser a distinção entre Umwelt e Innenwelt e que tem motivadomuitos estudos em etologia cognitiva (ALLEN; BEKOFF, 1997, p. 141).Em particular, por oposição a Innenwelt, ou ‘mundo-interno’, o termoUmwelt, ou ‘mundo-próprio’, descreve a estrutura cognitiva da experiênciade diferentes organismos desde escalas inferiores (água-viva) a escalassuperiores (ser humano). Procuro mostrar, com efeito, que a noção de‘mundo-próprio’ descreve objetivamente na organização cognitiva animalo que Nagel considera ser a característica subjetiva e inescrutável daprópria experiência.

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