
CONFLITOS, SENTIMENTOS E VIOLÊNCIA ESCOLAR
Author(s) -
Lúcia Salete Celich Dani
Publication year - 2009
Publication title -
revista diálogo educacional
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1981-416X
pISSN - 1518-3483
DOI - 10.7213/rde.v9i28.3334
Subject(s) - humanities , psychology , philosophy
Este artigo apresenta reflexões sobre a temática violência escolar seus conflitos e sentimentos. As informações para este texto foram coletadas durante o desenvolvimento da segunda etapa do projeto de pesquisa intitulado “Os conflitos e os sentimentos presentes na relação pedagógica e seus entrelaçamentos na construção da personalidade moral”. Nessa etapa, a pesquisa teve como objetivos identificar quais os sentimentos que afloraram nas situações de conflitos presentes na relação pedagógica e quais as significações que foram construídas pelas crianças envolvidas em tais situações, buscando compreender como esses elementos atuam na construção da personalidade moral autônoma (PUIG, 1998). Para tanto, o foco central dessa investigação direcionou-se para um estudo de caso de uma turma dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública municipal da cidade de Santa Maria – RS, composta por 26 alunos com faixa etária entre 9 e 14 anos e a professora regente. Num período de três meses realizamos observações e atividades nas quais as crianças teriam de expressar seus sentimentos em relação às situações de conflitos. As observações realizadas foram caracterizadas ISSN 1518-3483 Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 9, n. 28, p. 571-586, set./dez. 2009 Licenciado sob uma Licença Creative Commons 572 DANI, L. S. C. como observações do tipo mais formal (WITTROCK, 1989) através de um sistema aberto (WITTROCK, 1989) e, registradas em um diário de campo. As atividades escolhidas foram: dinâmica de grupo e entrevista grupal, tendo como elemento motivador gravuras referentes ao ambiente escolar. Os resultados apontaram para a ideia de que a convivência baseada no conceito de agrupamento (CORTELLA; DE LA TAILLE, 2005) favorece a construção de significações que legitimam a violência nas relações interpessoais escolares.