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Biopoder e normalização da infância: Apontamentos sobre a instrumentalização do lúdico
Author(s) -
João Paulo Pereira Barros,
Veriana de Fátima Rodrigues Colaço
Publication year - 2017
Publication title -
psicologia argumento/psicologia argumento
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1980-5942
pISSN - 0103-7013
DOI - 10.7213/psicolargum.v31i73.20603
Subject(s) - humanities , philosophy
O presente artigo tem por objetivo discutir como as relações entre biopoder e produção de subjetividades infantis apontam pistas sobre a instrumentalização da atividade lúdica na educação infantil. Para tanto, são estabelecidos diálogos com teóricos de vertentes psicológicas e socioantropológicas que tratam da brincadeira, mas fundamentalmente com Foucault e autores que o tomam como referência para problematizar assuntos relativos à infância. Em um primeiro momento, o texto aborda o biopoder na perspectiva foucaultiana, ressaltando sua relação com a construção histórico-social da infância e sua articulação com o campo da educação. Já num segundo momento, o texto levanta questões conceituais acerca da atividade lúdica e suas tensões no âmbito da escola a partir das reflexões socioantropológicas de Gilles Brougère e de consideraçõesoriundas do campo da psicologia, com destaque para Lev Seminiovitch Vygotsky, Daniil Elkonin e Henry Wallon. Em seguida, reflete-se sobre dispositivos de normalização da infância a partir da apropriação da atividade lúdica como instrumento pedagógico no contexto escolar. O ensaio conclui que tal apropriação se articula intimamente com a própria invenção e institucionalização da infância na Modernidade e com o aprimoramento de novas modalidades de poder, como a disciplina e a biopolítica, as quais incidem, de modo simultâneo e complementar, nos indivíduos e nas populações, respectivamente.

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