
A noção de felicidade em Freud e Comte-Sponville: Possíveis aproximações e distanciamentos
Author(s) -
Carlos Eduardo Firmino,
Alexandre Frank Silva Kaitel
Publication year - 2017
Publication title -
psicologia argumento/psicologia argumento
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1980-5942
pISSN - 0103-7013
DOI - 10.7213/psicol.argum.31.074.ao02
Subject(s) - humanities , philosophy , ideal (ethics) , physics , epistemology
Valendo-se de pesquisa bibliográfica, buscou-se no presente trabalho compreender a noção de felicidade discutida por Sigmund Freud e pelo filósofo André Comte-Sponville. Para atingir tal objetivo, as obras O mal-estar na civilização (Freud) e A felicidade, desesperadamente (Comte- Sponville) foram escolhidas como referências principais. No que diz respeito à concepção freudiana, pode-se afirmar que a felicidade é entendida como um ideal inatingível. Temos acesso a uma falsa felicidade. Na leitura de Comte-Sponville, por outro lado, a felicidade se manifesta em ato, quando não estamos dependentes da esperança. A felicidade é verdadeira e possível. Ambos os autores entendem que a felicidade não é um estado definitivo. Ao final, conclui-se que o ponto principal que diferencia o entendimento de cada autor em relação ao tema é a concepção de desejo que os orienta. Para Comte-Sponville o desejo é visto como potência; para Freud, é visto como falta. Se em Comte-Sponville a felicidade é produção, na concepção freudiana ela é um ideal, já que nosso objeto de desejo está perdido para sempre.