z-logo
open-access-imgOpen Access
A encarnação como culminância da dignidade humana segundo o prólogo de João
Author(s) -
Ernesto Lázaro Sienna
Publication year - 2011
Publication title -
revista pistis and praxis
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2175-1838
pISSN - 1984-3755
DOI - 10.7213/pp.v3i1.14327
Subject(s) - humanities , philosophy , art
O foco deste artigo é o estudo da encarnação e da vida, descritas por João em seuEvangelho, no que chamamos de prólogo, que é, por assim dizer, um hino teológico à revelação do Verbo que se encarna na criação. O prólogo se traduz num hino à própria vida, onde João penetra as profundezas de Deus – as entranhas da vida absoluta por excelência – para nos colocar em contato com a preexistência do Logos. Essa afirmação da preexistência da Palavra reforça sua práxis histórica na existência humana para salvá-la (KONINGS, 2000, p. 83), ratificando seu valor e dignidade de criação deificada, reiterando, assim, a “afirmação do Gênesis: ao ver a criação realizada, ‘Deus viu que ela era muito boa’” (LÉON´DUFOUR, 1996, v. 1, p. 117). A encarnação do Verbo, que torna a presença de Deus viva e real no meio dos homens, é sinal da nova Arca da Aliança, da nova Tenda do encontro. Se, antes, Moisés ia ao encontro da Tenda no deserto, agora a nova Tenda é que se coloca no meio do povo para que todos tenham acesso ao seu interior. Ela, a Tenda, quer abrigar a todos como local de refúgio (Sl 90,1), como local de descanso e revigoramento dos espíritos abatidos (Mt 11,28-29), ela assumiu a humanidade por inteiro para poder resgatá-la e recriá-la em dignidade, ensinando-a que o corpo de cada ser humano é também uma Tenda, um Templo Santo habitado por Deus (1Cor, 6,19).

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here