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Dionísio e o mistagogo: apontamentos sobre a questão do parricídio filosófico
Author(s) -
Eduardo Ribeiro da Fonseca
Publication year - 2013
Publication title -
estudos nietzsche
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2179-3441
DOI - 10.7213/estudosnietzsche.04.001.ao.02
Subject(s) - philosophy , physics , humanities
Em Schopenhauer, o sofrimento existencial ligado à recorrência do desejo cessa apenas, parcialmente, nos momentos de contemplação artística, ou, de modo mais amplo e profundo, na negação (Verneinung) da Vontade. Isto se traduz na condenação ética ao aspecto compulsivo da atividade da Vontade. Em Nietzsche, inversamente, a intensificação é parte da referência comum aos impulsos (Triebe) por poder, pois estes até mesmo buscam o que lhes resiste, formando soluções de compromisso e combatendo entre si, restando também uma possibilidade de refinamento dos alvos dos impulsos. A diferença em relação ao inevitável sofrimento admitido por ambos é que Nietzsche se recusa à compaixão e à negação da Wille zum Leben. A questão que analisamos neste artigo é se, apesar disso, não haverá alguma injustiça na visão de Nietzsche acerca de Schopenhauer, precisamente no que concerne ao fato do primeiro ser a fonte originária do pensar acerca dos impulsos inconscientes, e em que medida, apesar do “parricídio” em relação ao grande mestre de sua juventude, Nietzsche não terá preservado involuntariamente em sua filosofia muito mais de Schopenhauer do que poderia admitir.

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