z-logo
open-access-imgOpen Access
Nietzsche entre Tristão e Carmen
Author(s) -
Paolo D’Iório
Publication year - 2012
Publication title -
estudos nietzsche
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2179-3441
DOI - 10.7213/estudosnietzsche.03.002.ao.04
Subject(s) - humanities , philosophy , art
“Não se trata apenas de pura maldade se, neste escrito, elogio Bizet à custa de Wagner”; assim Nietzsche abre O caso Wagner, seu panfleto de 1888. Com efeito, não se trata de pura maldade, uma vez que, por meio de Wagner, Nietzsche trata, em geral, mais da questão da decadência europeia. Mas também porque o gosto musical refinado de Nietzsche tinha reconhecido imediatamente a beleza da obra-prima de Bizet desde sua primeira audição, em 27 de novembro de 1881, no Teatro Paganini, de Gênova, quando o filósofo ficou fascinado. Alguns dias depois, ele comprou a partitura de Carmem e a encheu de anotações à margem, enviando-as a Veneza, ao seu amigo Peter Gast. A análise dessas notas marginais nos permite esclarecer certos aspectos do contraste, esboçado por Nietzsche, entre a força da definição psicológica de Carmem e a filosofia metafísica de Tristão e Isolda, de Wagner.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here