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Do diálogo para o diálogo: o início do movimento adventista do sétimo dia e sua participação em diálogos interdenominacionais
Author(s) -
Douglas Reis
Publication year - 2018
Publication title -
caminhos de diálogo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2595-8208
pISSN - 2357-965X
DOI - 10.7213/cd.a6n8p85-92
Subject(s) - humanities , logos bible software , philosophy , art , physics , theology
Na efervescência do cenário religioso da América do Norte protestante no século XIX, o experimentalismo proporcionado por movimentos revivacionistas deu origem a diversos segmentos cristãos, entre os quais alguns se consolidaram como denominações, permanecendo até a contemporaneidade. O adventismo do sétimo dia, uma das facções do movimento interdenominacional conhecido como milerismo, surgiu como expressão do restauracionismo, propondo retorno radical à Bíblia. Seu início foi marcado pela tendência de evitar a organização formal, seguindo a máxima do milerita George Storrs, segundo quem, ao se organizar, um grupo religioso se tornava Babilônia. Entretanto, uma década após seu surgimento, nota-se o estabelecimento de um corpo doutrinário definido e alguns passos importantes rumo à organização, processo que culmina em 1861 com a escolha do nome Igreja Adventista do Sétimo Dia. Em suas primeiras décadas, os adventistas sabatistas permaneceram em diálogo com grupos afins, como demais epígonos do milerismo e os batistas do sétimo dia – enquanto outros intercâmbios se davam de maneira polêmica. Tão somente em meados do século seguinte, os adventistas dialogariam com o mundo evangélico, resultando na publicação do controverso material Questions on doctrine. A partir de então, outros diálogos interdenominacionais ocorreram, confirmando a vocação do movimento para interagir como o mundo cristão em geral.