
Conservação das espécies vegetais em paleoambientes dunares na APA Dunas e Veredas do Baixo-Médio São Francisco, Bahia, Brasil
Author(s) -
Clécia Simone Gonçalves Rosa Pacheco,
Niédja Maria Galvão Araújo e Oliveira
Publication year - 2017
Publication title -
natural resources
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2237-9290
DOI - 10.6008/spc2237-9290.2016.001.0001
Subject(s) - humanities , physics , geography , cartography , philosophy
Apesar do avanço do conhecimento científico que se tem atualmente, com dados sobre a flora e sua respectiva distribuição, esse ainda não é completo e não permite que se prescinda da experiência de campo, intraduzível em termos de determinação da composição florística e características das plantas e do meio. Mediante tal pressuposto, este artigo objetiva demonstrar o levantamento das espécies vegetais realizado na Área de Proteção Ambiental (APA) Dunas e Veredas do Baixo-Médio São Francisco, e sua relevância para a manutenção do equilíbrio ecológico do paleo-ecossistema dunar. É possível afirmar que a vegetação é o espelho do clima e, sendo o espelho do clima, percebe-se que algumas espécies encontradas representam a fisionomia dos climas atuais, mas podendo indicar resquícios de paleoclimas. Desta maneira, a vegetação é vista coma à chave da manutenção do equilíbrio dinâmico do ecossistema e sua preservação é defendida por esta razão. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e de cunho exploratório, onde fundamentou-se a priori em teóricos que abordam sobre tal temática e, em seguida utilizou-se o Método de Caminhamento introduzido por Filgueiras et al., (1994) sendo que, o uso deste, tem se mostrado eficiente para elaborar o levantamento qualitativo de grande parte da variabilidade florística em diferentes fitofisionomias. A pesquisa in loco possibilitou a identificação de várias espécies exóticas, endêmicas e, nativas da região semiárida, além de outras típicas de áreas mais úmidas (Floresta Amazônica, Floresta Atlântica e Áreas de Transições). Portanto, os resultados indicam a urgência da criação de planos estratégicos de conservação da diversidade florística da área dunar, tendo em vista que os vegetais ali presentes, são responsáveis pela estabilização das areias eólicas dos campos, e sem estas, consequentemente ter-se-á o agravamentos dos processos de degradação ambiental já evidente na área.