Considerações sobre Felicidade por Clusters de discentes de administração em uma Instituição Pública de Ensino Superior

Objetivou-se investigar a percepção de felicidade de discentes de uma IES. Para tanto, identificou-se a felicidade em função de variáveis sócio demográficos, agrupando-as a fim de descrever o comportamento dessas na distinção de dois grupos (mais felizes e menos felizes). Realizou-se pesquisa de campo, com suporte na abordagem quantitativa, cujos dados foram coletados em uma amostra probabilística de 201 discentes, de um universo de 319, vinculados ao curso de Administração, com base em instrumento composto por quatro escalas referentes à felicidade. Realizou-se estatística descritiva e Análise de Cluster (AC), este com base no método K-Means e análise de variância (ANOVA) a fim de constituir grupos com variáveis significativas para a formação dos clusters. No primeiro predomina discentes mais maduros, mais distribuídos nos semestres finais do curso e que, em geral, trabalham. Nesse grupo a satisfação com a vida, se comparada com o grupo 2 é menor, porém há maior percepção de felicidade subjetiva. No segundo prepondera jovens que estão iniciando o curso superior, e que, em geral, não trabalham. São mais satisfeitos com a vida, embora menos felizes do que o grupo 1. Ressalta-se que avaliar-se em condições excelentes de vida – item 3 (Satisfação com a vida) e avaliar-se como alguém que aproveita a vida ao máximo-item 9 (felicidade subjetiva) são apreciadas de forma distinta pelos grupos. Prepondera no grupo mais maduro maior percepção de felicidade subjetiva, indicativo para estudos futuros sobre uma possível relação entre maturidade e capacidade de avaliação subjetiva de felicidade.