Ensino e avaliação: um estudo a partir da realidade dos desafios da aprendizagem

Neste artigo refletiremos sobre o atual sistema de avaliação da aprendizagem em nossas escolas, possibilita aos professores se sentirem com autoridade, prestígio e poder para emitir um juízo sobre os alunos que determinará a sua aprovação, reprovação e até mesmo evasão da escola, sem levar em consideração outros elementos do processo de ensino e do contexto social que interferem nesse veredicto. Dessa forma, a avaliação, que deveria ser vista como mais um elemento a serviço da aprendizagem e do crescimento dos alunos, figura como um refúgio para salvaguardar o prestígio e a autoridade do professor e para impor a ordem e a obediência, O aluno, na maioria das vezes, passa a emitir as respostas que 'o professor deseja', privando-se assim de criar, de duvidar, de refletir. Agindo dessa forma, os alunos asseguram a sua aprovação, que para eles geralmente interessa mais do que participar ativamente de um processo de construção do conhecimento. O momento da avaliação, que poderia ser uma parada para refletir sobre o processo e uma coleta de informações para refazer o percurso ou prosseguir o trabalho, limita-se à mera quantificação do desempenho do aluno, prendendo-se às formalidades de final de bimestre. No processo de ensino, a avaliação não deve ser um aspecto dissociado deste, trabalhado isoladamente, mas sim, parte integrante do processo educativo, que contribua para a sua análise e reflexão, possibilitando assim uma assimilação efetiva por parte do aluno, dos conhecimentos transmitidos.