
Aporte de serapilheira e teor de carbono orgânico em um fragmento florestal urbano
Author(s) -
Daniela Biondi,
Fernando Vicente Dacól,
Ana Paula Dalla Corte,
Angeline Martine,
Allan Rodrigo Nunho dos Reis
Publication year - 2020
Publication title -
nature and conservation
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2318-2881
DOI - 10.6008/cbpc2318-2881.2020.004.0003
Subject(s) - physics , humanities , philosophy
Os fragmentos florestais urbanos produzem inúmeros serviços ecossistêmicos que contribuem diretamente para a melhoria da qualidade ambiental das cidades, como a produção de oxigênio atmosférico a fixação de carbono, a ciclagem de nutrientes e a conservação da natureza. A importância destes serviços não deve ser atribuída exclusivamente ao componente arbóreo ou a seu dossel, mas a todo o conjunto de componentes de uma floresta, incluindo a serapilheira, responsável pela sustentabilidade de todo o ecossistema. Os objetivos deste trabalho foi avaliar o aporte e a quantidade e teor de carbono em diferentes classes de serapilheira depositada em um fragmento florestal localizado em Curitiba, Paraná. Para isso, 30 parcelas foram distribuídas ao longo de uma trilha no interior deste fragmento para coletar a serapilheira, entre os meses de outono e inverno de 2019. A serapilheira coletada foi separada e classificada em: folhas; galhos e cascas; raízes; estruturas reprodutivas e miscelânea. O peso úmido e seco deste material foi determinado e por meio de um analisador de carbono por combustão o percentual de carbono foi definido. Os resultados indicam um aporte de serapilheira no valor de 11,61 Mg/ha, com predomínio da classe galhos e cascas (6,30 Mg/ha). A quantidade média de carbono neste aporte corresponde a 5,08 Mg/ha e o teor médio de carbono foi significativamente maior na classe miscelânea (44,46%) em relação às outras classes de serapilheira. Conclui-se que o fragmento florestal avaliado, apesar de isolado e antropizado, apresentou tanto aporte de serapilheira quanto quantidade e teor de carbono semelhantes aos encontrados em florestas com menos intervenções urbanas, demonstrando ser a serapilheira um parâmetro eficiente para se avaliar o estado de conservação destes ambientes.