A problemática ambiental dos poluentes emergentes: possíveis impactos por hormônios sexuais

O aumento da contaminação dos recursos hídricos tem preocupado a comunidade científica, em relação a qualidade das águas, tendo em vista que é um dos elementos primordiais a continuação da vida no planeta. A fragilidade dos sistemas de saneamento, aliadas ao crescimento populacional, tem auxiliado para que esgoto domésticos e efluentes industriais sejam lançados em águas superficiais. Uma classe de poluentes tem chamado a atenção de várias autoridades e pesquisadores: Contaminantes Emergentes (CE) ou Poluentes Emergentes (PE), são substâncias encontradas em concentrações muito baixas em ordem de nanogramas ou picogramas. A partir de um desenho metodológico dessa problemática, utilizou-se o método dedutivo e abordagem qualitativa, bem como técnica de pesquisa bibliográfica, onde pode-se constatar que dentre os contaminantes os Interferentes Endócrinos (IE), tem-se destacado, devido seu potencial em causar danos à saúde humana e de outras espécies animais, o que levou a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (USEPA) a definir como umas das 6 áreas de pesquisas mais importantes. Os hormônios sexuais femininos (HSF) estão dentre os interferentes endócrinos que merecem uma devida atenção. Os hormônios femininos ou estrógenos podem ser naturais (produzidas pelo organismo animal) tais como: 17ß-estradiol, estriol, estrona ou sintéticas (17a-etinilestradiol) produzidos para fins de reposição hormonal ou como métodos contraceptivos. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo esclarecer a comunidade acadêmica e sociedade em geral sobre a problemática em torno dos Poluentes Emergentes, em especial, os hormônios sexuais.