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Aspectos epidemiológicos das intoxicações exógenas em crianças no estado de Sergipe entre 2010 e 2017
Author(s) -
Ingrid De Souza Silva,
Halley Ferraro Oliveira,
Ana Célia Goes Melo Soares
Publication year - 2020
Publication title -
scire salutis
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2236-9600
DOI - 10.6008/cbpc2236-9600.2020.003.0006
Subject(s) - humanities , medicine , art
As intoxicações exógenas são acidentes comuns na infância e podem ser definidas como um conjunto de sinais e sintomas tóxicos ou apenas bioquímicos provocados pela interação de um agente químico com o sistema biológico. Na infância, são um fator importante no agravo de saúde pública com alta morbidade e nos custos hospitalares. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um por cento da população aproximadamente é intoxicada por ano e no Brasil corresponde a 4.800.000 casos novos. As crianças, principalmente menores que cinco anos, são o grupo mais susceptível visto que são curiosas e isso facilita a exposição aos produtos tóxicos. Estudos epidemiológicos contribuem para uma elaboração de planos de prevenção mais eficazes. Traçar o perfil epidemiológico dos casos de intoxicações exógenas em crianças na faixa etária de um a nove anos registrados em Sergipe no período de 2010 a 2017. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa, a partir de dados registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN) referente às crianças de um a nove anos que sofreram intoxicações exógenas no período de 2010 a 2017 em Sergipe. No período entre 2010 a 2017, foram registrados 774 casos de intoxicações exógenas em crianças de um a nove anos no Estado de Sergipe. Em relação às características epidemiológicas, a maior incidência ocorreu no sexo masculino, com 431 casos (55,7%). A faixa etária de um a quatro anos de idade foi a mais acometida, com 586 casos (75,7%) do total. Entre os principais agentes tóxicos causadores, constatou-se uma maior incidência de intoxicação por medicamentos (39,5%) seguido por produtos de uso domiciliar (21,7%). A circunstância da intoxicação de forma acidental foi a mais predominante (77,4%). No desfecho dos casos, a maioria evoluiu para a cura sem sequelas (88,1%). Diante do exposto, observa-se que as intoxicações exógenas são uma grande preocupação de saúde pública, principalmente em crianças menores de cinco anos já que são as mais acometidas. Os dados apresentados justificam a importância de se incluir as intoxicações exógenas dentro das ações da Secretaria de vigilância em saúde. Algumas medidas para minimizar a alta incidência podem ser atividades informativas voltadas para a educação em saúde, bem como uma maior fiscalização a respeito de embalagens de medicamentos e produtos de uso domiciliar que possuam substâncias químicas tóxicas à saúde.

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