
Parto no Brasil: intervenção médica ou protagonismo da mulher?
Author(s) -
Gisely do Brasil,
Débora Costa Neves,
Daniela Maristane Vieira Lopes Maciel,
Rogério Carvalho de Figueredo
Publication year - 2018
Publication title -
scire salutis
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2236-9600
DOI - 10.6008/cbpc2236-9600.2018.002.0002
Subject(s) - childbirth , humanities , art , pregnancy , biology , genetics
O parto é um evento historicamente natural que finaliza a gestação, transformando a mulher em mãe. A mudança de parto domiciliar para parto hospitalar, no Brasil, ocorreu no século XX, com a crescente evolução da assistência hospitalar, seguindo a tendência dos países desenvolvidos. Este artigo tem o objetivo de delinear a evolução histórica no Brasil da assistência à mulher no parto, a partir do século XIX e os principais tipos de parto protagonizados na atualidade. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica exploratória, através de documentos governamentais, livros e periódicos em sites oficiais do governo brasileiro e bases de dados eletrônicos como Google Acadêmico, LILACS e SciELO. As palavras-chave utilizadas foram: parto normal; parto humanizado; cesárea; e parteira, entre janeiro e abril de 2018. À seleção dos textos elegíveis e a avaliação de sua qualidade metodológica foi realizada independentemente por quatro revisores, sendo excluídos artigos que fugiam da temática proposta ou apresentassem data inferior ao ano de 2003. A partir deste estudo, foi possível identificar os principais tipos de parto e a evolução do nascimento contemplando, a problemática do processo de hospitalização do parto e as tentativas dos movimentos sociais e ações de políticas públicas, no intuito de frear este processo e redimensionar à assistência ao parto na ótica da humanização. Para que a mulher retomasse o empoderamento da sua vontade, e se deter no direito de escolher o tipo de parto que desejar para garantir uma experiência ímpar e intransferível na história da sua maternidade e para garantir este protagonismo da mulher no parto, é necessário que a equipe multiprofissional esteja preparada para adotar as boas práticas, diminuir a intervenção na assistência ao parto e coíba atos de violência à mulher.