
Sistemas de cultivo e propriedades químicas de um latossolo em área de agricultura familiar na Amazônia
Author(s) -
Paulo César Silva Vasconcelos,
Jessivaldo Rodrigues Galvão,
Thiago Costa Viana,
Mauro Junior Borges Pacheco,
João da Luz Freitas
Publication year - 2021
Publication title -
revista ibero-americana de ciências ambientais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2179-6858
DOI - 10.6008/cbpc2179-6858.2021.007.0012
Subject(s) - horticulture , mathematics , physics , chemistry , biology
Os sistemas de cultivo mais conhecidos são: o sistema de cultivo tradicional, muito utilizados por agricultores familiares e o sistema de cultivo mais intensivo, que utiliza os monocultivos. Ambos apresentam características diferentes, com vantagens e desvantagens. Como uma alternativa para os pequenos produtores, temos os sistemas agroflorestais, que consistem em uma busca por lucratividade juntamente com um uso sustentável da terra. Dependendo do sistema a ser adotado nos cultivos poderá ser observado característica diferentes nos solos em que esses sistemas serão implantados. Logo, o trabalho teve como objetivo avaliar os atributos químicos de solos sob diferentes sistemas de uso da terra, no município de São Francisco do Pará, com o propósito de caracterizá-los quimicamente. A coleta de solos foi realizada em dezembro de 2006, em 7 (sete) áreas amostrais, sendo: três sistemas agroflorestais - SAF1 (pomar de coqueiro e cultivos agrícolas como, melancia e mandioca); SAF 2 (pomar de coqueiros, cupuaçuzeiros e cajueiros); SAF3 (composto por seringueiras, gravioleiras e cupuaçuzeiros). Dois cultivos anuais: Roça 1 (plantio de mandioca pelo sistema de corte e queima sem adubação (2006); Roça 2 (plantio de milho e mandioca adubados (2006); Pastagem plantada em cultivo antigo de mandioca, sem adubação e Floresta Secundária - aproximadamente 20 anos de idade. Os valores do pH do solo variaram de 4,3 a 5,4. Os teores de P variaram de baixo (1,5 mg dm-3) à muito alto (43,10 mg dm-3). O valor médio da concentração de carbono orgânico foi maior para a Floresta Secundária com 11,78 g/Kg e menor para o SAF 1 com 6,45 g/Kg. O menor valor de concentração de matéria orgânica foi registrado no SAF 1 com 11,11 g/Kg e o maior na Floresta Secundária (FS) com 20,10 g/Kg. Os valores para o magnésio variaram de 0,28 cmolc dm-3 no SAF 3 a 0,47cmolc dm-3 na floresta secundária. Os valores de concentrações foram 'baixos' para o potássio e 'médios' para o cálcio. Logo, os valores de atributos químicos encontrados nos solos analisados estão caracterizados com nível de nutrientes médios e acidez elevada. Possivelmente em áreas com valores superiores, são devidos o sistema de queima e o fornecimento de adubações. Outro ponto importante pode ser observado no baixo nível tecnológico aplicado nos SAF’s.