
Efeitos do clima e sazonalidade nos atropelamentos de Rhinella Jimi, em duas rodovias do Agreste de Pernambuco
Author(s) -
José Cleiton Souza Tenório,
Arthur Macário Lopes,
Dayara Claudia Souto Maior de Moraes Vilar,
Bianca Gonzaga de Araújo,
Werônica Meira de Souza,
Rachel Maria de Lyra Neves,
Wallace Rodrigues Telino Júnior
Publication year - 2021
Publication title -
revista ibero-americana de ciências ambientais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2179-6858
DOI - 10.6008/cbpc2179-6858.2021.004.0014
Subject(s) - humanities , biology , art
As mudanças climáticas podem gerar algumas transformações na biosfera como o aumento dos eventos extremos (secas e enchentes) e aumento das temperaturas. As estradas são ambientes de desenvolvimento econômico e estão vinculadas aos processos de projeção da interiorização de determinada região, com tais benefícios as estradas também causam alguns efeitos à biodiversidade, como a formação de subpopulações, processos de fragmentação dos ambientes, como também animais atropelados, que em alguns períodos do ano, algumas espécies são mais frequentemente observadas atropeladas que outras. Neste sentido, o intuito deste trabalho foi verificar a relação existente entre o clima e a frequência de atropelamentos da espécie Rhinella jimi em dois fragmentos de rodovias no Semiárido pernambucano. As coletas do material informacional biológico foram feitas a partir de observação de duas rodovias pernambucanas, a BR 232 e 423. Os dados de distribuição e sazonalidade foram comparados com o número de atropelamentos da espécie. Foram verificados alguns fatores relacionados ao crescimento de indivíduos atropelados depois do período chuvoso, além de uma relação de crescimento dos atropelamentos durante as chuvas, indicando que os atropelamentos estão vinculados às atividades metabólicas do animal e seu consequente desenvolvimento populacional depois dos períodos de chuva, uma vez que a característica de adaptabilidade dos anfíbios no semiárido é vinculada a sua maior atividade e rápida reprodução nos períodos chuvosos e redução metabólica nos períodos mais secos e escassos de alimento. Assim, as flutuações pluviométricas ao longo do ano, além de permitirem adaptabilidade aos organismos, possibilitam pontualmente o seu desenvolvimento populacional no ambiente.