Adição de calcário no processo de compostagem da mistura de capim-elefante com torta de mamona modifica as propriedades do composto

Apesar de conhecida a importância de produtos alcalinos na degradação de fibras, pouco se conhece sobre os efeitos do calcário durante o processo de compostagem. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da adição de diferentes doses de calcário sobre o pH, condutividade elétrica (CE), densidade em base seca, emissões de CO2 e de NH3, teor de N, conteúdos proporcionais (%) de massa e volume e conteúdo (%) de N em relação aos valores iniciais durante a compostagem da mistura de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) e torta de mamona (Ricinus communis L.), além da avaliação dos teores de Ca, Mg, P e K ao final do período de incubação . Para tal, foi realizado um experimento em que foram adicionadas diferentes doses de calcário (0; 0,05; 0,5 e 5%, com base na massa do composto), em compostos incubados durante 90 dias. O composto foi elaborado com 67,5% de capim elefante e 32,5% de torta de mamona (massa seca).  O pH dos compostos foi elevado pela adição de calcário, sendo este feito mais evidente aos 90 dias de incubação, onde na maior dosagem foram observados maiores valores de pH. Não foram observadas diferenças nos teores e nas perdas proporcionais de nitrogênio, da massa e do volume inicial dos compostos avaliados ao final do período de incubação. Os teores de cálcio e magnésio foram superiores nos tratamentos em que houve adição de calcário ao final da compostagem, no entanto, os teores de fósforo e potássio não demonstraram diferenças entre os tratamentos. A adição de calcário no processo de compostagem da mistura utilizada desencadeou alterações nas propriedades do composto, sendo os efeitos expressos em maior intensidade pelo tratamento com a maior dose de calcário.