
O transporte de carbono orgânico dissolvido e nutrientes nitrogenados no canal principal do Rio Amazonas, no Estreito de Óbidos
Author(s) -
Irene Cibelle Gonçalves Sampaio,
José Mauro Sousa de Moura,
Robert M. Holmes,
Bernhard PeuckerEhrenbrink,
Robert G. M. Spencer,
Miyuki Mitsuya,
Anya Suslova,
Rardiles Branches Ferreira,
Allan Silva Magalhães,
Rafael Corrêa Muniz
Publication year - 2018
Publication title -
revista ibero-americana de ciências ambientais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2179-6858
DOI - 10.6008/cbpc2179-6858.2018.007.0029
Subject(s) - chemistry , humanities , philosophy
O presente trabalho foi realizado no Rio Amazonas, no Estreito de Óbidos, de janeiro de 2012 a dezembro de 2016. As coletas foram realizadas mensalmente com o objetivo de investigar as variações sazonais e interanuais do transporte de carbono orgânico dissolvido (COD), do nitrogênio total dissolvido (NDT), do nitrogênio orgânico dissolvido (DON), do nitrato (NO3) e do amônio (NH4) no rio. Observou-se que as fases hidrográficas têm uma influência importante sobre o transporte dos constituintes dissolvidos na água. Na fase de cheia, o carbono orgânico dissolvido (COD), o nitrogênio total dissolvido (NDT) e o nitrogênio orgânico dissolvido (DON) aumentaram significativamente seu transporte (sendo em média respectivamente 0.096, 0.006 e 0.004 Tg.dia-1), em comparação com a fase de seca (0.036, 0.003 e 0.001 Tg.dia-1, respectivamente). Apenas o nitrato (NO3) não teve seu transporte significativamente alterado ao longo das fases da hidrógrafa (0.003 Tg.dia-1). O transporte média de NH4 foi de 0.0003 ± 0.0001 Tg.dia-1 e as diferenças no transporte foram serem negligenciadas. Os resultados encontrados no presente trabalho aproximam-se dos valores encontrados na literatura para o Rio Amazonas. Estes resultados demonstram que mudanças de cobertura e uso do solo ainda não podem ser observadas em larga escala na no Estreito de Óbidos. Somente um monitoramento contínuo e ininterrupto é capaz de fazer uma avaliação robusta do efeito de eventos climáticos extremos, possíveis mudanças futuras no clima, assim como mudanças no uso e cobertura do solo. Frente a crescentes mudanças na Bacia Amazônica, estudos com frequência temporal e ampla distribuição espacial fazem-se necessários.