Geotecnologia aplicada ao desflorestamento aponta 92% de desflorestamento ilegal em projeto de assentamento cedro no município de tartarugalzinho no estado do Amapá

No Estado do Amapá a agricultura familiar nos projetos de assentamentos é responsável por grande parte do desflorestamento, esta atividade é desenvolvida através de roças, que possui um sistema de revezamento de terras, caracterizando o chamado desmatamento silencioso, que são difíceis de serem detectados por imagens de satélites, variando em uma área de no máximo 3 hectares. Sem a distinção do desmatamento legal do ilegal, não é possível direcionar ações e politicas públicas aplicadas diretamente às atividades ilegais. O objetivo principal desta pesquisa foi analisar o impacto do desflorestamento ilegal no desflorestamento total do Projeto de Assentamento - PA Cedro no município de Tartarugalzinho no Estado do Amapá, através de ferramentas de geotecnologia no período de 2009 a 2014.  Para a análise espacial foi utilizado o Sistema de Informação Geográfica (SIG), o software utilizado foi o ArcGIS, através de comparação das áreas desmatadas e espacialização das autorizações de desmatamento emitidas para cada lote do assentamento. Os resultados mostraram que no período de 2009 a 2014 o desmatamento ilegal chegou a 92,89%, sendo que o biênio 2011/2012 demonstrou uma taxa de desmatamento não autorizado de 97,76%. Ficou evidente que a geotecnologia é uma ferramenta muito útil devido à sua funcionalidade, demonstrando a possibilidade e necessidade da aplicação de geoprocessamento para a análise do desmatamento legal, com a espacialização das autorizações de desmatamento no projeto de assentamento.