Detecção de metais potencialmente tóxicos em biofilme e água de ambiente lótico

Os biofilmes tem se mostrado bons monitores de contaminação por metais, pois fornecem respostas rápidas as alterações ambientais. Diante disso, objetivou-se nesse estudo avaliar a concentração dos metais Al, Fe, Mg e Mn em biofilme e água de um córrego urbano. Os dados foram coletados, na microbacia do córrego São Gonçalo/Cuiabá/MT, em dois pontos amostrais (nascente e foz), no período de novembro/2014 a maio/2015. Considerando a média dos valores encontrados para metais, nota-se que a maior concentração ocorreu no biofilme, tal fato, pode estar relacionado ao tempo de exposição do substrato no corpo hídrico e o acúmulo na matriz exopolissacarídica. A ordem dos níveis de metais com referência aos valores médios foi igual para o biofilme em ambos os locais de coleta, entretanto observou-se uma distinção para a água. Na nascente a ordem de grandeza foi similar para a água e biofilme, apresentando a seguinte proporção Mg>Al>Fe>Mn. Na foz, os metais em água apresentaram a proporção de Mg>Fe>Al>Mn e para o biofilme a sequência de Mg>Al>Fe>Mn. A comunidade microbiana foi maior no biofilme, entretanto os resultados obtidos nesse estudo mostraram que não houve correlação entre os metais potencialmente tóxicos e comunidade microbiana na forma planctônica e em biofilme, com exceção do Mn da água que se correlacionou negativamente com a comunidade microbiana do biofilme. Assim, os biofilmes têm se mostrado eficiente monitores de contaminação por metais.