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Contribuições de Deleuze e Guattari para as pesquisas em educação
Author(s) -
Sandra Mara Corazza
Publication year - 2012
Publication title -
revista digital do lav
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1983-7348
DOI - 10.5902/198373485298
Subject(s) - humanities , philosophy , art
Em O Abecedário de Gilles Deleuze (1), no vocábulo Professor, Claire Parnetpergunta a Deleuze (então, com 64 anos e aposentado) se ele não sentia falta dedar aulas, já que as dera, com paixão, durante quase quarenta anos, no ensinomédio e no superior. Deleuze responde-lhe que, no momento, é uma alegria nãoter mais de dar aulas, porque já não tinha mais vontade; embora elas tivessemconstituído uma parte importante da sua vida. Diz, então, que essa questão dasaulas é simples, já que elas têm equivalentes em outras áreas, em função de seralgo muito preparado: – “Se você quer 5, 10 minutos de inspiração, tem de fazeruma longa preparação”. E acrescenta que sempre fez desta maneira porquegostava: – “Eu me preparava muito para ter esses poucos momentos deinspiração”. Entretanto, com o passar dos anos, começou a perceber que precisava“de uma preparação crescentemente maior para obter uma inspiração cada vezmenor”. E concluiu que estava na hora de parar, para fazer outra coisa, comoescrever. Ele diz que não saberia calcular quanto tempo essas preparações lheexigiam, mas que, como tudo, tratava-se de ensaios: – “Uma aula é ensaiada,como no teatro”. Se não a ensaiarmos suficientemente, “não estaremosinspirados”, e se ela não resultar de “momentos de inspiração”, não quererá “dizernada”. O ensaio que fornece a inspiração consiste em “considerar fascinante amatéria da qual tratamos”, em achar “interessante o que se está dizendo”, para“chegar ao ponto de falar de algo com entusiasmo”. E Deleuze finaliza: – “O ensaioé isso”

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