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Invasão de ligustro no sub-bosque de um remanescente de floresta com araucária: uma abordagem demográfica
Author(s) -
Amanda da Silva Nunes,
Pedro Higuchi,
Ana Carolina da Silva,
Ricardo de Vargas Kilca,
Mariéle Alves Ferrer da Silva,
Ana Rosa,
Vanessa Fátima Soboleski,
Juliana Pizutti Dallabrida,
Karine Souza,
Aline Pereira Cruz,
Carla Luciane Lima,
Lilian Iara Bet Stédille,
Angela Camila Lemos
Publication year - 2020
Publication title -
ciência florestal
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.381
H-Index - 21
eISSN - 1980-5098
pISSN - 0103-9954
DOI - 10.5902/1980509820718
Subject(s) - native forest , physics , biology , humanities , ecology , art
Espécies invasoras têm ocasionado a perda de biodiversidade no mundo todo por ocuparem o lugar de nativas. O presente estudo objetivou avaliar a regeneração natural ao longo do tempo em um fragmento florestal invadido por Ligustrum lucidum W.T. Aiton e Ligustrum sinense Lour. no sul do Brasil, a fim de quantificar essa invasão. Para isso, foram alocadas cinco transecções em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista em Lages (SC), sendo cada transecção dividida em parcelas com diferentes setores de distâncias da borda e em subparcelas para avaliação do componente regenerativo. Em 2012, os regenerantes de espécies arbóreas que se encontravam nas subparcelas foram identificados, plaqueteados e divididos nas seguintes classes: classe 1 _ plantas com altura entre 10 cm e 1 m; classe 2 _ plantas com altura entre 1 e 3 m; classe 3 _ plantas com altura maior que 3 m e diâmetro medido à altura do peito (DAP) menor que 5 cm. Em 2014, esses indivíduos foram reavaliados, contabilizando os indivíduos mortos e recrutas e enquadrando os sobreviventes e recrutas nas atuais classes. Foram calculadas as taxas de mortalidade, recrutamento, mudanças de classe e mudança líquida. Os dados foram analisados por meio de uma análise de componentes principais (ACP) e tabela de contingência. Conclui-se que as espécies superaram a fase inicial do processo de invasão, demonstrando elevado incremento populacional na área estudada. Ainda, ficou evidenciado o particionamento espacial entre as espécies nativas e as exóticas, o que sugere a existência de competição interespecífica, cuja consequência pode ser a extinção local de representantes do grupo autóctone.