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Testemunho da experiência da infância no exílio e sua representação no conto para crianças Currupaco Papaco, de Ana Maria Machado
Author(s) -
Ladyana dos Santos Lobato
Publication year - 2019
Publication title -
literatura e autoritarismo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1679-849X
DOI - 10.5902/1679849x34396
Subject(s) - humanities , art , philosophy
Analisamos, neste artigo, o testemunho da experiência da infância no exílio de filhos de perseguidos e desaparecidos políticos da Ditadura Militar de 1964, ocorrida no Brasil, e a forma com essa experiência foi representada no campo literário. Para isso, selecionamos dois objetos de estudos: 1) a narrativa testemunhal, intitulada O exílio do meu pai foi a nossa despedida, da sobrevivente Suely Coqueiro (2014); 2) a narrativa ficcional Currupaco Papaco, da escritora Ana Maria Machado (1982). Utilizamos como referencial teórico os estudos sobre exílio e narrativas do exílio (Said, 2003; Vidal, 2004; Montañés, 2006) e o conceito de estado de exceção (Agamben, 2004), sobrevivência (Pelbart, 2016) e Utopia (Szachi,1972). Nesta pesquisa, verificamos a possibilidade de discutir sobre “narrativa do exílio”, a partir da compreensão do exílio como um lugar utópico, espaço de liberdade e resistência, mas também como um dispositivo de sobrevivência.

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