
A morte, um dispositivo de poder e controle dos corpos gays
Author(s) -
Rubenil da Silva Oliveira,
Maria do Perpétuo Socorro Galvão Simões
Publication year - 2019
Publication title -
literatura e autoritarismo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1679-849X
DOI - 10.5902/1679849x33032
Subject(s) - humanities , art , philosophy
O presente artigo pretendeu analisar o fenômeno da morte nas narrativas gays enquanto dispositivo de poder e controle dos corpos dos homoafetivos. Para isso, como corpus literário tomou-se os romances – Stella Manhattan (1991), de Silviano Santiago; O terceiro travesseiro (2007), de Nelson Luiz de Carvalho e Confissões ao Mar (2010), de Kadu Lago. Como corpus teórico, buscou-se fundamentar a argumentação em Foucault (2014 e 2017), Agamben (2005, 2010), Louro (2013), Hall (2014), Bhabha (2013), Mott (2003) e outros teóricos. O confronto entre a teoria e os textos literários selecionados leva à sustentação da tese de que a morte nas narrativas gays reproduz a voz da sociedade patriarcal que cerceia qualquer identidade ou comportamento contrário às normas por ela legitimadas. Portanto, a morte não é um fenômeno isolado, é resultado da não obediência à heteronormatividade e punição aos corpos gays que não anularam a sua identidade sexual.