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Dos Amarais aos Terra Cambarás: Poder, conflito e memória em O tempo e o vento
Author(s) -
Francisco Mateus Conceição
Publication year - 2015
Publication title -
literatura e autoritarismo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1679-849X
DOI - 10.5902/1679849x18515
Subject(s) - humanities , physics , art
Ao longo da história de O Continente narra-se a origem e a ascensão social da família Terra Cambará. Tal ascensão ocorrerá através do casamento de Bolívar com Luzia, de maneira que da origem até essa geração, a família fará parte da periferia do poder exercido pelos Amarais. Por isso, há uma clivagem social fortemente marcada na parte inicial da obra. No tocante a isso, os momentos de maior tensão provavelmente estejam no capítulo Um Certo Capitão Rodrigo. Nitidamente, há, nessa parte da narrativa, um conflito social, sendo que a família Amaral representa o poder econômico e político, enquanto Rodrigo e Juvenal pontificam a voz dos socialmente excluídos. Esse conflito se dá, também, no terreno da memória. Inicialmente, a versão oficial dela é controlada pela família Amaral, mas, ao mesmo tempo, a sua contraposição é repetida, furtivamente, pela “massa do povo”, os homens e mulheres que estão sob o comando dessa família. Com a ascensão dos Terra Cambarás, a tensão social parece evanescer na sequência da trilogia. Pretendemos demonstrar que, diferentemente dos Amarais, aqueles utilizarão também da sedução para se manter no poder, caracterizando-se, através do Dr. Rodrigo, o que Roberto Schwarcz denomina “dialética do favor”

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