
A questão dos oligopólios do livro no Brasil e na Argentina: independência e diversidade como valores metadiscursivos contra-hegemônicos
Author(s) -
José De Souza Muniz
Publication year - 2010
Publication title -
extraprensa
Language(s) - English
Resource type - Journals
eISSN - 2236-3467
pISSN - 1519-6895
DOI - 10.5841/extraprensa.v1i1e.101
Subject(s) - humanities , philosophy
This paper analyses the contradictions of book publishing in Brazil and Argentina, considering the cultural and economic protagonism of these countries in Latin America, as well as their historical and social particularities. I especially discuss the increasing in publishing concentration by fusion and acquisition processes led by national and foreign holdings. On the other hand, this paper considers the birth of small publishing houses and associations which, in both countries, try to promote the independent publishing and the bibliodiversity. The theoretical guidelines of the analysis come especially from the communication and the discourse studies. This way, publishing is seen — beyond the opposition between culture and markets — as an agency of social voices conditioned by historical injunctions and that produces certain metadiscourses so as to make itself legitimate. Este trabalho aborda as contradições da edição de livros no Brasil e na Argentina, tendo em vista o protagonismo cultural e econômico de ambos os países no âmbito latino-americano, bem como as particularidades históricas e sociais de cada um. Discuto, em especial, o modo como tem se intensificado a concentração empresarial no setor por meio de fusões e aquisições lideradas por conglomerados nacionais ou estrangeiros. De outro lado, o trabalho considera o surgimento de pequenas editoras e de entidades que, lá e cá, buscam promover as bandeiras da independência e da chamada bibliodiversidade. Os parâmetros teóricos da análise empreendida advêm principalmente dos estudos da comunicação e do discurso. Sob esse prisma, a atividade editorial é vista — para além da oposição entre cultura e mercado — como um agenciamento de vozes sociais condicionado por injunções históricas e produtor de certos metadiscursos para legitimar-se.