
Mirante da cidade e o tempo que reluz: rememorações na obra Os canhões do silêncio, de José Chagas
Author(s) -
Silvana Maria Pantoja dos Santos,
Ernane de Jesus Pacheco Araújo
Publication year - 2018
Publication title -
scripta
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2358-3428
pISSN - 1516-4039
DOI - 10.5752/p.2358-3428.2018v22n46p103-114
Subject(s) - humanities , art
A obra “Os canhões do silêncio” (2002) do poeta naturalizado maranhense José Chagas tem como lugar de rememoração o mirante: espaço de construção elevada dos casarões coloniais que ambienta os centros históricos, nesse particular, o da cidade de São Luís, do Maranhão. O mirante erige-se como um monumento edificado entre passado/presente, é visto na poética de Chagas como o lugar de acolhimento do tempo, que vai reconstruindo e reconfigurando memórias. No mirante, lugar do dizer poético, espaço e tempo se fundem, convertendo-se em uma unidade indissociável que se dilui na subjetividade do eu lírico. As imagens do passado, reconfiguradas poeticamente, testemunham memórias no (des)contínuo processo de ser e estar no mudo.