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A Tradução para o português dos socioletos literários da trilogia Fundação, de Isaac Asimov
Author(s) -
Nilfan Fernandes,
Daniel Fernando Padilha
Publication year - 2021
Publication title -
cadernos cespuc de pesquisa. série ensaios
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2358-3231
pISSN - 1516-4020
DOI - 10.5752/p.2358-3231.2021n38p81-100
Subject(s) - humanities , art , philosophy
Dentre todos os temas estudados nas obras de ficção científica em geral, um dos mais negligenciados pela crítica literária parece ter sido a tradução das variedades sociolinguísticas, que constituem importantes elementos na composição da verossimilhança interna de seus universos fictícios. Como afirmado pela pesquisadora canadense Lane-Mercier (1997), os chamados “socioletos literários” podem manifestar diversos atributos de um personagem, seus valores e atitudes como: educação, origem, classe, etnia, gênero, poder, cultura, instituição, valores sociais e atitudes. O foco principal deste artigo reside em algumas das variedades sociolinguísticas utilizadas na trilogia da Fundação (“Fundação”, “Fundação e Império” e “Segunda Fundação”), de Isaac Asimov – um clássico da ficção científica futurística. A fim de compor personagens e civilizações mais verossímeis, Asimov fez uso literário de diferentes variedades sociolinguísticas, segundo a noção de socioleto literário. Dentre dos socioletos literários mais notáveis, foram analisados o tecnoleto religioso dos sacerdotes e o dialeto rural do personagem Narovi. Nossa análise se debruçou sobre a mais recente tradução para o português da trilogia Fundação (2009 - Aleph), realizada por Fábio Fernandes e Marcelo Barbão.