
The End of the Ottoman Empire and the creation of the Iraqi state beyond Sykes-Picot: Between Imperialism and Revolution
Author(s) -
Reginaldo Mattar Nasser,
Rodrigo Augusto Duarte Amaral
Publication year - 2021
Publication title -
estudos internacionais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.112
H-Index - 2
ISSN - 2317-773X
DOI - 10.5752/p.2317-773x.2020v8n4p35-58
Subject(s) - empire , state (computer science) , political science , humanities , ancient history , geography , history , art , algorithm , computer science
Há um consenso literatura acadêmica sobre a criação dos Estados modernos no Oriente Médio cujo ponto de partida para compreensão desse processo se dá no momento da desintegração do Império Otomano e sua substituição pelas potências europeias. No caso do Iraque, a campanha militar e os períodos de ocupação (1914-1920) e de mandato britânico (1920-1932) na Mesopotâmia prepararam o caminho para a criação do estado do Iraque, influenciando de forma significativa seu desenvolvimento político-histórico posterior. No entanto, para além das ações diplomáticas estabelecidas por acordos e tratados internacionais sob a partir das diretrizes estabelecidas pela Liga das Nações, esse processo não ocorreu num espaço vazio como, frequentemente, é mencionado nessa mesma literatura. Os embates por acessos ao petróleo da região, exemplificado pela disputa da região de Mosul, demonstram o caráter político-econômico da construção das novas fronteiras. Além disso, esse resultado não foi unicamente consequência de uma ação política planejada pelo Império Britânico, mas derivou também das revoltas anti-imperialistas em toda a região. Desta forma, o resultado político no Estado Iraque, e seu desenvolvimento subsequente, refletiu não apenas a presença das estruturas de poder imperiais, mas também devido a participação das comunidades e grupos locais, em conexão com movimentos internacionais.