
HABITAÇÃO SUBJETIVA: A RELAÇÃO DE AFETIVIDADE NA OCUPAÇÃO DE ESPAÇOS TECNOLÓGICOS
Author(s) -
Daniela Barbosa
Publication year - 2016
Publication title -
cadernos de arquitetura e urbanismo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2316-1752
pISSN - 1413-2095
DOI - 10.5752/p.2316-1752.2014v21n29p26
Subject(s) - humanities , philosophy
Este trabalho apresenta conceitos de uma “cidade cibernética”, lugar localizado em um espaço paralelo e que não pertence objetivamente ao mundo físico, mas que se constitui como cidade com poder de oferecer habitação. Para que esse local não físico seja compreendido, é preciso analisar o próprio conceito de “espaço” e suas possibilidades como lugar real no mundo. Então, confrontando-se a ideia de habitar uma morada e habitar subjetivamente lugares públicos na cidade, e a consequente apropriação do espaço público pelo indivíduo, o conceito de “espaço” retorna para justificar a habitação subjetiva em um espaço tecnológico, preenchido pela cidade cibernética. Essa habitação é possibilitada pela tecnologia e pelas relações de afetividade e pertencimento entre os habitantes e a cidade cibernética. Por fim, faz-se um paralelo de nomenclatura entre as estruturas das cidades física e cibernética, demonstrando que a ideia de cidade está bastante presente naquela cibernética, mesmo não tendo estruturas físicas, pois conserva em sua linguagem denominações próprias da cidade física. Essa nomenclatura corrobora o propósito habitacional da cidade cibernética, intensificado por relações de pertencimento e afetividade nesse espaço, mesmo sendo essa cidade estruturada em meios tecnológicos.