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Imaginário religioso e persistência: estudo dos ritos mortuários judeus à luz da Inquisição portuguesa nas minas setecentistas
Author(s) -
Rudney Avelino de Castro Silva
Publication year - 2020
Publication title -
cadernos de história
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2237-8871
pISSN - 1679-5636
DOI - 10.5752/p.2237-8871.2020v21n34p68
Subject(s) - humanities , philosophy
Entre os séculos XVI e XVIII, a Inquisição portuguesa promoveu intensa perseguição àqueles que fossem descobertos cometendo desvios contra os costumes da Igreja, punições que eram aplicadas tanto aos que residiam no reino como os que se encontravam nas colônias. Porém, a maior parte dos processos do período da Inquisição é encontrada em arquivos da primeira metade do século XVIII; não coincidência, no auge da exploração aurífera das Minas Gerais. Este trabalho tem por intuito apresentar alguns resultados da análise documental (inventários, testamentos e processos inquisitoriais) de processados pelo Tribunal de Inquisição, com destaque para os acusados de judaísmo e que eram moradores da cidade de Sabará-MG. Os processos analisados mostraram a solicitação, por parte dos réus, de ritos mortuários que foram considerados práticas judaizantes e, por isso mesmo, veementemente reprimidas e combatidas. A principal solicitação dos réus, e que foi reincidente nos testamentos, foi o uso de mortalha. Ainda que o uso da mortalha tenha sido uma prática condenada pelos inquisidores, uma vez que comprovaria a ligação ao judaísmo, é no mínimo curioso quando percebemos que também pertenceu às tradições cristãs. Fazemos aqui uma reflexão do imaginário religioso revelado nessas tradições e buscamos compreender suas nuances, analisar as descontinuidades e permanências e explicar as transformações de sentido ao longo do tempo e responder o porquê de terem sido criminalizadas e perseguidas.

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