
É POSSÍVEL UMA REFORMULAÇÃO DO IMORALISMO COGNITIVO DE KIERAN?
Author(s) -
Gustavo Luiz Pozza
Publication year - 2019
Publication title -
sapere aude
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2177-6342
pISSN - 2176-2708
DOI - 10.5752/p.2177-6342.2019v10n20p750-764
Subject(s) - humanities , philosophy , physics
Dada a tendência de que se avalie moralmente a experiência estética, a filosofia contemporânea tem desenvolvido linhas de avaliação ético-estéticas que propõem soluções divergentes para o equilíbrio desses valores. Matthew Kieran propõe uma corrente que defende o imoralismo como uma associação entre falhas morais e méritos estéticos, bem como um imoralismo cognitivo, no qual o espectador, pela vivência da imoralidade no universo ficcional da obra, pode questionar seus valores morais. Entretanto, a proposta de Kieran não nega o eticismo, passo necessário para que se suprima um relativismo moral derivado da moralização, e acaba por retornar ao problema da bifuração forma-conteúdo do esteticismo. Diante desses problemas resultantes dessa formulação do imoralismo, propõe-se uma nova formulação do imoralismo cognitivo que negue o moralismo sem resultar na proposta amoral do esteticismo e que, ainda afirme o cognitivismo.