
As religiões na sociedade pós-industrial: leitura sociológico-filosófico-teológica
Author(s) -
José Armando Vicente
Publication year - 2019
Publication title -
horizonte
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2175-5841
pISSN - 1679-9615
DOI - 10.5752/p.2175-5841.2019v17n53p858
Subject(s) - philosophy , humanities , sociology
Pergunta-se: que lugar e que função podem ter as religiões no contexto pós-industrial? A pluralidade religiosa constitui um mal a ser eliminado? É uma realidade negativa, pecaminosa, contrária a vontade de Deus? Ela deve ser atribuída ao poder do demônio, sendo feita de politeísmo, de idolatria e de práticas imorais? Qual o sentido ou significado sociológico, filosófico e teológico das religiões, hoje? Embora haja muitas discordâncias quanto à determinação do lugar a ser ocupado pelas religiões, há uma aprovação por parte de muitos intérpretes: a afirmação de que as religiões são elementos imprescindíveis. Elas são espaços de articulação do sentido da vida; se revelam aptas a exercer funções na vida individual e social. A pluralidade das religiões é, portanto, um fenômeno de fato. Ao lado das grandes religiões, flutuam os novos movimentos religiosos: movimentos evangélicos; Renovação Carismática Católica; movimentos de vida comunitária; a Nova Era. Enfim, ligadas aos novos movimentos, encontram-se religiões individuais e privadas, construídas a partir dos ideais da modernidade e da ecologia. Acrescenta-se a todo este quadro religioso aquilo que Tillich chamou de as “quase-religiões”: religiões humanistas do progresso, da liberdade e da igualdade.