Vivemos tempos de redescoberta da ação do Espírito, exigindo da catequese novos contornos, especialmente no que diz respeito à teologia que ela transmite e à pedagogia que a caracteriza. O catequeta francês, Denis Villepelet, propõe um terceiro paradigma catequético, nascido das exigências próprias do tempo presente, mais comumente chamado de pós-modernidade. Sua catequese pneumatoderivada se distingue bem da catequese teoderivada do primeiro paradigma – formulado a partir do modelo da cristandade e reafirmado em Trento – e da catequese cristoderivada do segundo paradigma – formulado a partir de princípios da modernidade e reafirmado no Vaticano II. Para compor o terceiro paradigma, Villepelet pensa as bases sociológicas, antropológicas, eclesiológicas, teológicas e pedagógicas da catequese. Mas uma catequese mais pneumatológica, por não estar ainda bem definida e trazer algumas novidades que obrigam a romper com paradigmas anteriores, pode causar estranhezas, levantando suspeitas sobre sua pertinência teológico-pastoral. Por isso, torna-se fundamental avaliar os ganhos e os riscos que esse paradigma pode trazer para o ato catequético.