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O POETA E O PSICANALISTA: A INQUIETANTE ESTRANHEZA DO DUPLO
Author(s) -
Ingrid Vorsatz,
Renata Dahwache Martins
Publication year - 2020
Publication title -
psicologia em revista
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1678-9563
pISSN - 1677-1168
DOI - 10.5752/p.1678-9563.2019v25n3p979-999
Subject(s) - art , humanities , philosophy
Este artigo pretende apresentar uma articulação entre psicanálise e literatura, partindo da premissa de que ambas têm como fundamento o campo da palavra e da linguagem, guardadas as devidas especificidades de cada um desses campos. Partiremos das próprias indicações freudianas contidas em duas cartas de Freud endereçadas ao escritor e também médico vienense Arthur Schnitzler, seu contemporâneo, para problematizar aquilo que aproxima – bem como disjunta - o escritor-poeta (Dichter) do psicanalista. Ao nomear Schnitzler como o seu duplo (Doppelgänger), Freud assinala a estranha familiaridade entre os procedimentos psicanalítico e literário. A fim de situar a questão, faremos uma breve incursão sobre a noção germânica de Kultur, que caracteriza o solo comum entre Freud e Schnitzler. Contudo, Freud se distancia da perspectiva contida na ideia de cultivo de si (Bildung), integrante da Kultur, ao introduzir, no seio da civilização, um mal-estar irredutível.  

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