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Letramento funcional em saúde de usuários da atenção primária de Altamira, Pará
Author(s) -
Rafael Ileus Monteiro Lima,
Mariellen Aguiar Parente,
Talita Isabelle Sena Pantoja Ferreira,
Alexandre Apolo Silva Coelho,
Evellyn Vitória Sousa de Loureiro,
Taynara Menezes Barbosa,
Sasha Botelho Lustosa,
Osvaldo Correia Damasceno,
Francisco Bruno Teixeira
Publication year - 2022
Publication title -
revista brasileira de medicina de família e comunidade
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2179-7994
pISSN - 1809-5909
DOI - 10.5712/rbmfc17(44)2763
Subject(s) - medicine , humanities , philosophy
Introdução: O Letramento Funcional em Saúde (LFS) está associado à capacidade dos pacientes em compreender e utilizar seus conhecimentos em saúde no âmbito do autocuidado e na promoção a saúde. Por isso, torna-se essencial reconhecer o nível de LFS e identificar os fatores que o influenciam. Objetivo: Analisar o nível de letramento funcional em saúde (LFS) de usuários de Unidades de Saúde da Família (USF) na área urbana de Altamira (PA). Métodos: Estudo transversal no qual a coleta de dados ocorreu entre agosto de 2018 e dezembro de 2019 em 12 USF da área urbana. O cálculo amostral foi realizado com base na população urbana de Altamira registrada pelo Censo de 2010. Utilizou-se intervalo de confiança de 95% com margem de erro de 5% e prevalência de achados de 50% em uma população semelhante, encontrando-se assim o valor de 382. Os participantes foram entrevistados a fim de se coletarem informações sobre dados sociodemográficos, e posteriormente foi aplicado um questionário baseado na versão brasileira do Short Test of Functional Health Literacy (S-TOFHLA), instrumento utilizado para a mensuração do LFS. O coeficiente de correlação de Pearson, o teste qui-quadrado, o teste G e a odds ratio foram utilizados para verificar a relação entre a pontuação do S-TOFHLA e os dados sociodemográficos. Além disso, uma análise de regressão múltipla foi realizada para predizer os fatores que interferem no LFS. Por fim, o teste ANOVA buscou diferenças entre os níveis de LFS dos usuários nas USF analisadas. Resultados: Foram incluídos no estudo 400 participantes, dos quais 59% apresentaram LFS adequado, 16,5% limítrofe e 24,5% inadequado. As variáveis, grau de escolaridade, idade e renda foram associadas ao LFS na população estudada, predizendo, respectivamente, em 46, 26 e 17% o desempenho no teste S-TOFHLA. Baixa escolaridade e baixa renda aumentam o risco de indivíduos possuírem LFS insatisfatório em cinco e quatro vezes, nessa ordem. Por fim, foram encontradas diferenças entre os níveis de LFS dos usuários das USF analisadas. Conclusões: A população da área urbana de Altamira apresentou alta prevalência de LFS insatisfatório. Sendo assim, no intuito de aumentar os resultados satisfatórios em saúde, os profissionais da região devem adequar as suas formas de comunicação e linguagem às necessidades dos usuários das USF, observando que a adequação da equipe pode trazer melhorias para o entendimento das informações e oportunizar melhores condições de recuperação e autocuidado em saúde.

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