
pessoa idosa na Atenção Primária à Saúde
Author(s) -
Denise Guerra Wingerter,
Bárbara Suellen Fonseca Braga,
Camila Dayze Pereira Santos,
Danyllo do Nascimento Silva,
Ewerton William Gomes Brito,
Maria Ângela Fernandes Ferreira,
Luana Kelle Batista Moura,
Isabelle Ribeiro Barbosa
Publication year - 2021
Publication title -
revista brasileira de medicina de família e comunidade
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2179-7994
pISSN - 1809-5909
DOI - 10.5712/rbmfc16(43)2452
Subject(s) - humanities , political science , philosophy
Introdução: O envelhecimento da população mundial é uma conquista da humanidade, que também se mostra um dos maiores desafios, uma vez que ocasionará novos paradigmas e demandas políticas, sociais, econômicas e de saúde. Desse modo, torna-se essencial discutir os aspectos que envolvem a pessoa idosa e a Atenção Primária à Saúde (APS). Objetivo: Realizar uma análise bibliométrica da produção científica referente aos fatores relacionados com a pessoa idosa e a APS. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliométrica que utilizou os termos “primary health care” AND “aged*” na base de dados Web of Science, entre os anos de 1945 e 2016. O estudo analisou os registros com base em revisão de literatura sobre a temática em questão com o auxílio do software HistCite. Resultados: Foram identificados 700 artigos em 313 periódicos, de 2.834 autores vinculados a 1.138 instituições de 61 países, o que totalizou 19.745 referências, com média de aproximadamente 28 referências por artigo. A revista Scandinavian Journal of Primary Health Care possui 4% dos textos e o International Journal of Geriatric Psychiatry, o maior fator de impacto. Os autores mais citados estão reunidos em apenas cinco universidades, com destaque para a Linkoping University, que detém 4% do total de publicações, e três países: Suécia, Brasil e Estados Unidos da América. O Brasil ocupa a primeira colocação, com 2% dos textos. Conclusões: Os estudos revelam aspectos importantes associados à pessoa idosa e à APS, como problemas de inobservância quanto aos cuidados de saúde para essa população, tanto por profissionais quanto pelos próprios idosos, apontando para a desumanização e consequente falta de priorização dessa faixa etária no âmbito da saúde. Com o envelhecimento das populações, é imprescindível que esse tema venha a ser priorizado, ampliando o debate sobre essa transição demográfica e suas consequências para toda a população e visando a alternativas que possam minimizar os impactos dela, bem como a novos paradigmas para produtos e serviços voltados para a população idosa. Isso especialmente na atenção primária, que é porta de entrada para todo o serviço de saúde e principal elo social entre o idoso e a qualidade de vida. Destaca-se ainda a necessidade de educação continuada dos profissionais e de aperfeiçoamento desse nível de atenção para o atendimento a essa população, quantitativamente cada vez maior.