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Perfil sociodemográfico e fatores de atração e saída dos médicos atuantes na estratégia saúde da família no município de Ponta Grossa, Paraná, Brasil
Author(s) -
Lorena Slusarz Nogueira,
Manoelito Ferreira Silva,
Erildo Vicente Müller
Publication year - 2021
Publication title -
revista brasileira de medicina de família e comunidade
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2179-7994
pISSN - 1809-5909
DOI - 10.5712/rbmfc16(43)2159
Subject(s) - humanities , philosophy
Introdução: Diversos estudos destacam a alta rotatividade e a dificuldade de fixação dos profissionais nas equipes, especialmente médicos, como um dos grandes desafios para a consolidação da estratégia saúde da família (ESF) no Brasil. A rotatividade prejudica a longitudinalidade do cuidado, a formação do vínculo com a equipe e a qualidade da assistência prestada. Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico e os fatores de atração e saída de médicos inseridos na ESF.  Métodos: Estudo transversal com abordagem quantitativa, realizado entre março e abril de 2019, do município de Ponta Grossa-PR, Brasil, por meio de questionário semiestruturado e autoaplicado desenvolvido no estudo. A análise descritiva foi realizada por frequências relativas (%) e absolutas (n). Resultados: Participaram 61 médicos. Houve predomínio de profissionais mulheres (57,4%), com menos de 30 anos (49,2%), formou-se após 2015 (60,7%) e não é natural do município (82%). Apenas 1,6% possuía residência em medicina de família e comunidade e 9,8% especialização em saúde da família. Foi alto o percentual de médicos contratados pelo “Programa Mais Médicos” (82%) e que trabalha na ESF há menos de 6 meses (59%). A identificação com o trabalho foi apontada como o principal fator que levou à inserção na ESF, enquanto o excesso de demanda e de processos burocráticos foi mencionado como importante fator de desmotivação. O principal motivo de saída dos profissionais foi a realização de residência médica. Conclusão: Houve predomínio de profissionais com baixo tempo de trabalho na ESF do município oriundos do “Programa Mais Médicos”, em contratos temporários e relações trabalhistas precárias. A rotatividade médica é um assunto complexo, mas estratégias de valorização da carreira na atenção primária à saúde e a oferta de melhores condições de trabalho podem contribuir para sua resolução.

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